Os moradores de Campina Grande estão sofrendo para conseguir um transporte público nesta segunda-feira (09). Isso porque as empresas estão descumprindo ordem judicial e não colocaram ônibus para atender população.
As empresas anunciaram a suspensão dos serviços para ocorrer a partir do sábado (07), alegando dificuldades financeiras e necessidade de reequilíbrio econômico.
Entretanto, a decisão da juíza Silmary Alves de Queiroga Vita, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Campina Grande (PB) atendeu ação movida pela Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP), da Prefeitura Municipal, e proibiu que as empresas de ônibus suspendam a operação de quatro linhas: 903 B (São José da Mata), 910 (Jenipapo), 902 (Estreio/Salgadinho) e 955 (Galante).
Em caso de descumprimento da ordem judicial, o Sitrans (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Campina Grande) e os consórcios Santa Maria e Santa Verônica serão penalizados com o pagamento de multa de diária de R$ 20 mil.
Reação de Bruno Cunha Lima
O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), garantiu que irá buscar o direto da população dos distritos do município afetadas pela suspensão de linhas de ônibus.
“Sem nenhum tipo de explicação e respeito pelas pessoas dos distritos e da zona rural, as empresas de ônibus que têm a concessão pública do transporte coletivo de Campina abandonaram as linhas de Galante, São José da Mata, Jenipapo e Salgadinho/Estreito”, iniciou o prefeito em suas redes sociais.
Bruno ainda destacou que pela primeira vez na história abriu a tabela que calcula o preço da passagem de ônibus e deu transparência ao processo. Nesse novo modelo, ao invés de receber o cálculo já pronto, feito pelas próprias empresas, a Prefeitura contratou consultoria especializada.
“Esse filme não é novo. Todo mundo sabe que “mexer” nisso é catucar vespeiro, mas vou repetir: se tiver que optar entre o interesse individual (de duas ou três pessoas) e o interesse coletivo (das pessoas de Campina), a gente vai buscar o interesse da cidade em primeiro lugar”, garantiu.
Ele lembrou que toda empresa foi feita pra gerar empregos, cumprir uma função social e lucrar, mas nunca às custas do sacrifício das pessoas, da exploração excessiva.
“Foi exatamente por isso que, pela primeira vez, Campina baixou o preço da passagem. Espero, o mais rápido possível, estar com isso resolvido e poder ver a #concessãopública de transporte coletivo de Campina ser cumprida e respeitada, nos termos do contrato, assim como as decisões judiciais”, disse.