O governador da Paraíba reeleito no último domingo (30), João Azevêdo (PSB), concedeu entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira (4), analisando o resultado da eleições. Em determinado momento da conversa, Azevêdo disse ser improvável uma reconciliação com os ex-aliados Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e Ricardo Coutinho (PT).
“Diria que é improvável. O ex-governador tem um rumo completamente diferente daquilo que acredito de fazer política. Não tenho nenhum problema pessoal com o senador, entretanto, [ele] escolheu caminhos diferentes”, finalizou.
Sobre a eleição estadual, João reiterou que será “governador de todos os paraibanos e não apenas da parte que me elegeu” e que a coligação formada por seu adversário, Pedro Cunha Lima (PSDB) era uma “salada política”, disse.
“Travamos uma luta gigantesca porque no aglomerado de pessoas do outro lado tinha de extrema esquerda à extrema direita, pessoas de PL, PT, MDB, como o senador Veneziano, o ex-governador Ricardo Coutinho, os deputados federais e estaduais eleitos aliados do ex-governador estavam juntos. Uma salada política cujo único objetivo era derrotar o governo, não havia coerência ideológica, os interesses eram confusos e diversos”, comentou.
Azevêdo também afirmou que esperava uma vantagem maior entre o presidente eleito Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas que ações usadas por Bolsonaro “tenham dado efetivo a ponto de ter alterado essa quantidade de votos”, se referindo à ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que aconteceu no Nordeste para dificultar o translado de eleitores que utilizaram o benefício do transporte público gratuito.
“A ação da PRF que aconteceu no Nordeste para evitar que tivesse um número maior de pessoas votando. E a disseminação de mensagens no guia de Bolsonaro era muito contundente em um nível de disputa que acho que não faz bem à democracia”, completou.