A Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira (16) uma operação na sede da Braiscompany, em Campina Grande (PB), e em outros endereços ligados à empresa de criptoativos em João Pessoa e em São Paulo.
A Braiscompany captava clientes sob a promessa de investimentos com retorno de 8% a 10% ao mês e, após relatos de atrasos em pagamentos para investidores, passou a ser suspeita de aplicar golpes. Em razão das denúncias, a empresa entrou na mira do Ministério Público da Paraíba recentemente.
As investigações apontam que, nos últimos quatro anos, foram movimentados cerca de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas em contas vinculadas aos suspeitos. Os donos da empresa são o casal Antonio Neto Inácio e Fabrícia Faria Campos.
No total, são cumpridos oito mandados de busca e apreensão, no âmbito da operação Halving, deflagrada com o objetivo de combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais.
A Polícia Federal informou que os dois mandados de prisão na Operação contra a Braiscompany não foram cumpridos até o momento. Isso significa que duas pessoas já são consideradas foragidas. Os nomes dos alvos dos mandados não foram divulgados.
Dono da empresa tenta tranquilizar funcionários
Após a operação da Polícia Federal, o dono da Braiscompany, Antônio Neto Ais enviou nesta manhã uma mensagem de áudio a funcionários da empresa.
Na mensagem, o empresário menciona que colaboradores poderão ser chamados para prestar esclarecimentos à polícia, mas pede que eles fiquem tranquilos.
“Alguns de vocês podem ser chamados para depoimentos. Fiquem em paz e tranquilos. Se forem chamados, prestem as informações. Eu e a Fabricia [esposa dele e também dona da empresa] já fomos chamados e prestamos as informações necessárias. […] Só precisa falar a verdade. Se perguntarem quando começaram os atrasos, começou em dezembro. […] Fiquem tranquilos, o jurídico já está trabalhando”, afirma Antônio.