Confesso que fico extremamente chateado quando alguns colegas da imprensa afirmam que o trabalho realizado pela Câmara de Bayeux é ruim. Acho que para que ele seja tachado de ruim, precisa melhorar muito.
Pelo pouco tempo de convivência que puder ter com alguns vereadores do município, pude perceber a fragilidade dos parlamentares (salve algumas poucas excessões).
Enquanto a cidade vive novamente um caos administrativo, em meio a uma greve dos servidores municipais, os vereadores insistem em fazer vista grossa aos verdadeiros problemas da cidade.
Na sessão desta quinta-feira (2), os vereadores demonstraram mais uma vez o tamanho do descompromisso com a população.
Tudo começou quando o vereador Cal do Sesi subiu à tribuna para apresentar dois requerimentos e disse que seria “rápido”. Quando ele saiu, o presidente da Casa, Nildo de Inácio, brincou: “Quando o senhor disse que seria rápido… Não deu tempo nem abrir o tempo”.
O próximo da fila, vereador Bel Soldado, já chegou dizendo que ia ser mais rápido que o colega anterior. Ficou a dúvida. Usou a tribuna para parabenizar Uedson Orelha, que assumiu a titularidade do mandato.
Quando chegou a vez do vereador da oposição Hermerson Caminhoneiro, alguém deu a deixa no plenário: “Seja rápido também…”. Mas, Hermerson demorou um pouco mais. Criticou a gestão, mas ignorou a greve.
Uedson voltou à tribuna e rasgou elogios a prefeita. “A prefeita se preocupa com a cidade. Ela está trabalhando”. E ainda disse que Luciene tem “habilidade” e que os salários estão em dia.
O curioso é que nenhum desses quatro colocou a situação administrativa do município para discussão. Antes deles, as vereadoras Dani Dantas, Cleice Rocha e Ró de Dedeta usaram a tribuna para elogiar a prefeita Luciene Gomes que, até o momento não se manifestou sobre o caos.
Com um legislativo que pouco agrega e faz vista grossa para os desmandos da atual gestora, o povo de Bayeux sofre novamente com uma classe política que envergonha a cidade.