O futebol paraibano presenciou na noite deste sábado (19), mais um episódio lamentável. Desta vez, o conselheiro benemérito do Botafogo-PB, Breno Morais, agrediu verbalmente jornalistas, por não concordar com críticas feitas ao clube.
Além de Breno, o vice de futebol botafoguense, Afonso Guedes, também desferiu ataques aos profissionais da imprensa e, por pouco, não partiu para a agressão física.
As agressões aconteceram na área reservada à imprensa no Almeidão, pouco após o fim do jogo. Breno agrediu verbalmente os profissionais da imprensa, com gritos e palavrões, acusando-os de mentirosos e de, intencionalmente, serem responsáveis por tumultuar o ambiente no Botafogo-PB.
Por outro lado, Afonso partiu para cima do jornalista Fábio Hermano, numa aparente tentativa de agredi-lo fisicamente, mas foi contido por outros profissionais de imprensa que estavam no local.
Segundo apuração do Política da Paraíba, Breno foi banido do futebol por decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), após desdobramentos da Operação Cartola, que investigou um esquema de manipulação de resultados no futebol paraibano.
O site ainda apurou que, mesmo banido, Morais ainda financia o clube nos bastidores. Além de conselheiro do Belo, Breno é empresário e um dos sócios da Nordil, uma das maiores distribuidoras de alimentos e bebidas na Paraíba.
O empresário é responsável por bancar parte do salário de alguns atletas, custear premiações e outras demandas financeiras do clube, o que lhe garantem um certo poder e influência na equipe paraibana.
Após a confusão, entidades que representam os profissionais de imprensa na Paraíba emitiram notas de repúdio ao dirigente. O jornalista Elialdo Silva, uma das vítimas dos ataques de Breno, também prestou um boletim de ocorrência denunciando o ocorrido.