As principais lideranças de direita na Paraíba, mais precisamente em João Pessoa, já sinalizaram que devem marchar divididas nas eleições de 2024.
Nesta quinta-feira (15), os deputados Cabo Gilberto Silva, Walber Virgolino e o ex-candidato ao Governo do Estado, Nilvan Ferreira, ambos do PL, se reuniram e anunciaram que não irão apoiar à candidatura do ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à prefeitura de João Pessoa.
Queiroga foi lançando como pré-candidato pela executiva nacional do PL na manhã de ontem. O nome do ex-ministro teria sido escolhido pelo deputado federal Wellington Roberto, presidente estadual da sigla, como uma espécie de “vingança”.
Wellington Roberto está rachado com Nilvan e Gilberto desde a eleição do ano passado. Ele acusa a dupla de não ter se dedicado na campanha do seu filho, o advogado Bruno Roberto, que foi candidato ao Senado pelo PL.
Já Nilvan e o Cabo afirmam que Wellington não pediu votos para Bolsonaro e que ele teria feito campanha ao lado do governador João Azevêdo (PSB) e do senador Veneziano Vital (MDB).
Com o racha, o bolsonarismo deve se repartir em duas candidaturas. Além de Queiroga que já está confirmado, Walber, Nilvan e Gilberto devem definir entre eles quem será o candidato da “segunda via” do conservadorismo.
Apesar de saírem majoritários no pleito do ano passado, em 2024 eles terão a árdua missão de remar contra o ex-presidente Bolsonaro (PL), que ficará ao lado do ex-ministro.
O trio também terá outra missão: achar um partido para chamar de seu, já que no PL eles são “personas nom gratas”. Em bastidores, especula-se que o trio busque o comando do Patriota, partido que já foi presidido por Walber e que hoje está sob a presidência do vereador da Capital, Guga Oliveira.