Em negociação paralela à reforma ministerial desenhada para acomodar PP e Republicanos no governo, os partidos do Centrão deverão apresentar nomes de mulheres para ocupar outros cargos relevantes do Executivo, como a Caixa Econômica Federal e a Fundação Nacional da Saúde (Funasa).
A preferência por indicações de nomes do sexo feminino atende a um pedido do próprio Palácio do Planalto, num momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido pressionado por aliados a não reduzir o número de brasileiras em cadeiras de destaque na máquina pública.
Em relação à Funasa, há a intenção de que a presidência também fique com uma mulher, de preferência, que já tenha trabalhado no órgão. Até agora, porém, não há um nome de consenso a ser indicado ao posto. Virgínia Velloso, que foi superintendente da Funasa na Paraíba e é mãe do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e da senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), é citada por uma ala do PP como cotada.
O órgão ainda passa por uma reestruturação, e não há definição sobre o tamanho do seu orçamento e a qual ministério ficará vinculado. Por isso, a escolha seguirá sendo debatida.
Com as tratativas em curso, o bloco tenta emplacar na presidência do banco estatal a ex-deputada Margarete Coelho (PP-PI), que é próxima ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ela substituiria outra mulher, Rita Serrano, ligada ao PT.
Atual diretora de administração e finanças do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Margarete já atuou como advogada de Lira e também foi vice-governadora do Piauí na gestão de Wellington Dias (PT), hoje ministro do Desenvolvimento Social.
Política da Paraíba com jornal ‘O Globo’.