O ministro da Justiça, Flávio Dino, iniciou na última semana um périplo pelos corredores do Senado Federal em busca dos votos necessários para a aprovação de sua indicação para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A votação está prevista para acontecer no próximo dia 13, após a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa).
Levantamento feito pelo mídia nacional com todos os 81 parlamentares da Casa aponta para um placar provavelmente apertado na votação, mas que o nome de Dino já tem a metade do apoio necessário para ter sua indicação referendada. Isto porque 24 senadores informaram que votarão a favor, enquanto 36 ainda não se definiram. Por ser uma votação secreta, a expectativa é de que a maioria desses parlamentares que afirmaram não saber como se posicionarão (19) ou não responderam o questionamento (17) migrem para a base de apoio.
Dino vem fazendo reuniões com lideranças e procurou os gabinetes de todos os 81 senadores para conversas. Um dos principais desafios do ministro é angariar votos da oposição, especialmente de senadores bolsonaristas. O PL, de Jair Bolsonaro, é o partido que oferece maior resistência. Dos 12 senadores procurados, nove declararam votos contrários a ele.
Presente na Esplanada dos Ministérios com Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, o Republicanos tem três dos quatro senadores votando contra a escolha de Dino ao STF, incluindo Damares Alves e Hamilton Mourão. Entre os indecisos, está o nome do ex-juiz federal da Lava-Jato, Sergio Moro, que informou que aguardará a sabatina para tomar uma posição.
Entre os senadores paraibanos, Efraim Filho (UB) disse ainda não saber como votará na indicação de Dino. Já Daniella Ribeiro (PP) e Veneziano Vital (MDB) devem votar a favor do ingresso de Dino ao STF.