O ex-deputado Renato Gadelha abriu o jogo e revelou, em entrevista a um podcast, que permanecerá na base de apoio do atual prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil), caso haja um rompimento entre o gestor e o deputado federal Romero Rodrigues (Podemos).
“Sou amigo dos dois e trabalho para que isso não aconteça, mas eu fico com Bruno. Ficaria com Romero se estivesse no governo de Romero. Se eu saísse do governo Bruno para apoiar Romero, daria a ideia de que usei o governo e na hora eu deixei Bruno”, explicou.
Gadelha também explicou o motivo de manter o apoio a Bruno, mesmo tendo o sobrinho, Leonardo Gadelha, como primeiro suplente de Romero.
“Não somos de trair, de se afastar. Muita gente questiona porque o primeiro suplente de Romero é meu sobrinho Leonardo, aí diz: ‘você vai votar com Romero’. Não vou votar com Romero, vou votar com Bruno Cunha Lima, se houver essa cisão”, avisou.
A decisão de Renato diverge do próprio Leonardo Gadelha. Falando em nome do Podemos, Léo assegurou, em entrevista ao Programa Hora H, na semana passada, que o partido apoiará qualquer que seja a decisão de Romero Rodrigues em relação às eleições 2024 em Campina Grande.
“Ele tem essa autonomia para tomar essa decisão que achar pertinente. Como já disse a nossa presidente nacional, Renata Abreu, se a escolha dele for pela candidatura o partido, obviamente, lhe dará apoio. Se for pela candidatura do prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) o partido estará com ele no mesmo barco”, enfatizou.
Cabo eleitoral de Bruno Cunha Lima nas eleições de 2020, Romero tem feito suspense sobre o caminho a seguir no pleito deste ano. O seu nome tem sido sondado e especulado para disputar eleição com apoio da oposição ao atual gestor.