O candidato a prefeito de João Pessoa pelo Podemos, deputado federal Ruy Carneiro, denunciou, nessa quinta-feira (15), ter sido impedido de realizar campanha eleitoral no bairro do Cristo Redentor, na Capital.
Segundo o parlamentar, integrantes de uma facção criminosa teriam ordenado para que uma plenária cultural liderada por Carneiro fosse encerrada.
Com a ameaça, o candidato registrou um boletim de ocorrência na Cidade da Polícia da Capital ao lado da candidata a vice-prefeita Amanda de Melo (MDB).
No entanto, o proprietário do Circo Fantasia, local onde ocorreria o evento, José Carlos da Silva, conhecido como Palhaço Pipoquinha, desmentiu na manhã desta sexta-feira (15) as declarações de Ruy Carneiro sobre ter sido ameaçado por supostas facções criminosas para barrar o evento do político no seu empreendimento na noite de quinta-feira (15). José Carlos negou que tenha sido pressionado por supostos criminosos e revelou que foi ludibriado sobre o evento, pois não sabia ser de teor político.
De acordo com Silva, membros da campanha de Ruy o contataram para realizarem um evento, sem citar que se tratava de uma ação política.
“Só quero esclarecer que eu estou aqui, em João Pessoa, em todos os bairros, e eu vivo da cultura, eu vivo do circo. Não cedo meu espaço para política, até porque eu não vivo de política, não acompanho política, a verdade o que eu acompanho é o circo, o mundo do circo. Tenho 36 anos de circo nessa batalha, infelizmente a pessoa me procurou, que eu não conhecia quem era, e perguntou se eu alugava um espetáculo, um espaço, eu disse que sim. Entramos no acordo, me pagou tudo bem, só de última hora eu fiquei sabendo que [era de política]. E eu não posso aceitar um plenário político, até porque eu, como da cultura, não posso me envolver em política, porque eu dependo de todos os bairros, dependo de todas as cidades”, afirmou inicialmente o proprietário do circo.
O dono do circo Fantasia também negou que tenha sido ameaçado por membros de supostas facções criminosas. “Eu só quero dizer que aqui no Cristo, eu sempre fui bem recebido, pela terceira vez estou aqui, muito bem recebido pelo público, pela comunidade. E outra coisa: facção nenhuma chegou me ameaçando, dizendo que ia me matar e que ia queimar o meu circo. Simplesmente foi um mal-entendido, e o pessoal que iria fazer o plenário e eu disse que não podia, não podia porque ia me prejudicar, porque o circo é uma cultura, é a casa da cultura, não uma casa política”, destacou Silva.
Ainda com relação aos áudios veiculados em conteúdos de Ruy Carneiro, o dono do circo esclareceu a situação e apontou para descontextualização. “Infelizmente eu não aceitei e ele pegou esses áudios e não sei como é que é, um fake, não sei o que que acontece, e que diz que a gente é ameaçado por pessoas da facção aqui, o que não existiu, e deu 24 horas para o circo sair. É tanto que o circo está armado aqui, estou com minha família, muito bem recebido, muito tranquilo e ninguém está vindo aqui ameaçar o circo e nem queimar e nem para tirar o circo. Só tenho a agradecer a todos, a compreensão de todos. Circo é cultura, não faz parte da política porque eu não vivo de política. Obrigado a todos”, finalizou Silva.