Dinho Dowsley, presidente da Câmara de Vereadores de João Pessoa, alvo da operação “Livre Arbítrio” da Polícia Federal, gravou um vídeo onde afirma que é inocente das acusações. O parlamentar disse que a Polícia Federal teria sido levada ao erro durante o decorrer das investigações. Dinho declarou que é alvo de calúnias e difamações, mas não revelou os nomes dos autores do ataques.
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Entenda o caso
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (18) uma operação que cumpriu sete mandados de busca e apreensão com o objetivo investigar a influência de grupo criminoso no pleito municipal de João Pessoa. Um dos alvos é o vereador Dinho Dowsley, presidente da Câmara Municipal da capital paraibana.
De acordo com a Polícia Federal, o esquema envolveria ameaças, controle de território e coação para o voto a fim de exercer influência no pleito eleitoral. Os crimes investigados são constituição de organização criminosa, uso de violência para coagir o voto, ameaça, lavagem de dinheiro e peculato.
Em termos técnicos, a PF informou que, com autorização da Justiça, vai adotar “medidas cautelares diversas da prisão” em todos os alvos da ação. A operação foi batizada de Livre Arbítrio e contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
A PF ainda impôs sete medidas cautelares contra o vereador Dinho Dowsley. Entre elas, estão a obrigatoriedade de usar tornozeleira eletrônica e a suspensão do exercício da função pública. Na prática, portanto, ele vai ser afastado de seu mandato no legislativo pessoense.
Dinho fica proibido ainda de frequentar órgãos públicos ligados ao município de João Pessoa, o que também inviabilizaria o seu mandato de vereador e de presidente da Câmara.