A vitória do prefeito de Campina Grande Bruno Cunha Lima (UB) neste domingo (27) não representou apenas a permanência do clã Cunha Lima no comando da gestão municipal, mas também uma reoxigenação para a oposição no estado.
Isso porque, Campina Grande é o principal colégio eleitoral do estado comandado pela oposição. Com a derrota de Marcelo Queiroga (PL) em João Pessoa, Campina continua sendo a principal base política do grupo.
Dos cinco maiores colégios eleitorais do estado, o governador João Azevêdo (PSB) conseguiu eleger aliados em três: João Pessoa (Cícero Lucena), Bayeux (Tacyana Leitão) e Patos (Nabor Wanderley). Enquanto a oposição ficou com Campina Grande. A incógnita que resta é sobre o município de Santa Rita, onde João divergiu do prefeito Emerson Panta e não apoio a candidatura do prefeito eleito Jackson Alvino (PP).
A brecha para a entrada da família Panta na oposição foi observada pelo senador Efraim Filho (UB), que se aproximou dos Pantas na eleição e entrou de cabeça na campanha de Jackson. Resta saber se o gesto será correspondido em 2026.
Com alguns nomes em pauta, a oposição no estado vem contabilizando os prefeitos eleitos e deve começar a trabalhar um nome para disputar o executivo. Três nomes já começaram a ser especulados: Efraim, o ex-deputado Pedro Cunha Lima e o deputado Romero Rodrigues.
Até 2026, as pesquisas devem balizar qual dos nomes será o escolhido para tentar desbancar o nome que será alçado pelo Palácio da Redenção. Com o Governo fortalecido após a vitória de Cícero na Capital, a tarefa não será das mais fáceis.