Caldas Brandão está no centro de uma polêmica envolvendo sua administração municipal. O prefeito reeleito, o vice-prefeito e o secretário de Ação Social do município são alvos de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), movida pelo União Brasil. A acusação é de que o programa social de doação de dinheiro para pessoas carentes na gestão de Fábio Rolim (MDB) teria sido utilizado, em tese, para beneficiar as candidaturas dos investigados nas eleições 2024.
Conforme a ação, o número de doações realizadas pelo programa social “cresceu expressivamente no ano eleitoral”. Em 2023, foram contabilizadas 87 doações. Já em 2024, esse número saltou para 312, representando um aumento de 313%.
Além disso, a Aije sustenta que diversas pessoas que receberam as doações não estariam em situação de vulnerabilidade social. Empresários, autônomos, empregados da iniciativa privada, além de parentes de secretários municipais e cônjuges de servidores públicos (efetivos e comissionados), teriam sido contemplados indevidamente, de acordo com a ação.
Os fatos apresentados pelo União Brasil incluem um extenso acervo probatório que apontaria para o suposto uso do programa social com fins eleitorais, especialmente nos meses de julho, agosto e setembro de 2024, período que antecedeu o pleito municipal.
A ação tramita na Justiça Eleitoral e busca responsabilizar os investigados por abuso de poder político e econômico, o que pode resultar em sanções severas, incluindo a cassação dos mandatos e a inelegibilidade dos envolvidos.