A bancada federal do partido Republicanos rejeitou a proposta de formar uma federação partidária com os partidos Progressistas (PP) e União Brasil. A proposta foi colocada em discussão durante reunião com o presidente da Casa, Hugo Motta (PB), e o presidente da legenda, Marcos Pereira (SP).
O plano inicial era criar um grupo com mais de 150 deputados e 17 senadores, com o objetivo de competir com as bancadas do PT e PL. No entanto, a maioria dos integrantes do Republicanos se opôs à ideia, o que inviabilizou a criação da ‘megafederação’.
Segundo informação da imprensa nacional, entre os 40 deputados presentes, 39 votaram contra, de acordo com os parlamentares.
A proposta de federação exigiria que os três partidos atuassem juntos por quatro anos, o que não agradou à maioria dos deputados do Republicanos, uma vez que em diversos estados as siglas possuem alianças com diferentes grupos políticos.
A Paraíba é um exemplo disso, pois o Republicanos, de Hugo Motta, e o PP, de Aguinaldo Ribeiro, atualmente fazem parte da base do Governo do Estado, enquanto o União Brasil, de Efraim Filho, está no grupo oposicionista.
Outro ponto crucial que pesou a favor da reprovação seria a “perda de autonomia” da sigla, que, na ótica dos deputados, está em ascenção após a eleição do paraibano Hugo Motta para a presidência da Câmara Federal.
Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, era um dos principais defensores da federação, acreditando que ela seria vantajosa para o Centrão.