O Progressistas (PP) e o União Brasil avançaram nas negociações para formar uma federação partidária, o que pode resultar na criação do maior bloco do Congresso Nacional. Com a união, os partidos passariam a atuar como uma única legenda pelos próximos quatro anos, conforme prevê a legislação eleitoral.
Na última terça-feira (19/3), o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), reuniu lideranças do partido para discutir o avanço das tratativas. Durante o encontro, as bancadas da Câmara e do Senado deram aval para seguir com as negociações e aprovaram uma divisão preliminar do comando da federação nos estados.
Pelo acordo inicial, a direção da nova legenda terá a palavra final sobre decisões em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os três maiores colégios eleitorais do país, além do Distrito Federal, Maranhão, Paraíba, Sergipe e Tocantins.
Já a divisão estadual ficou assim estabelecida: o PP comandará as articulações no Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. O União Brasil, por sua vez, terá controle sobre as decisões no Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia.
Caso a federação seja oficializada, o novo partido se tornará a maior bancada da Câmara, com 109 deputados, ultrapassando o PL. No Senado, a sigla contaria com 13 parlamentares, incluindo o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP). A fusão fortaleceria a legenda na disputa por recursos do fundo eleitoral e na definição de alianças para as eleições de 2026, consolidando o Centrão como peça-chave no cenário político nacional.