A nova sensação entre os medicamentos para perda de peso, o Mounjaro, tem conquistado espaço na política paraibana. Lançado em 2022 nos Estados Unidos e aprovado no Brasil apenas para o tratamento de diabetes tipo 2 em setembro de 2023, o remédio — conhecido como a “canetinha” — tem sido usado fora da bula para emagrecimento e virou febre entre figuras públicas da Paraíba.
Um levantamento feito pelo Política da Paraíba apurou que diversos nomes conhecidos da política estadual aderiram ao uso do Mounjaro. Entre os usuários estariam os deputados federais e estaduais Murilo Galdino, Hugo Motta, Adriano Galdino, Eduardo Carneiro, Camilla Toscano, Tanilson Soares e Eduardo Brito.
Além dos parlamentares, outras personalidades também estariam utilizando o medicamento. Entre eles, o comunicador e ex-candidato a prefeito de Santa Rita, Nilvan Ferreira, o empresário Gustavo Feliciano, filho da ex-vice-governadora Lígia Feliciano, o ex-deputado Jullys Roberto e o vereador de Santa Rita, Flávio Planta.
Apesar de sua popularidade, o Mounjaro ainda não está à venda nas farmácias brasileiras. A única forma de adquiri-lo é por meio de importação, com valores que variam entre R$ 4 mil e R$ 6 mil por unidade. Mesmo sendo aprovado para o tratamento de diabetes, o uso com foco no emagrecimento ainda não é liberado oficialmente no Brasil.
A “canetinha milagrosa” já virou moda também em Brasília, onde senadores e deputados federais têm recorrido ao medicamento em busca de rápida perda de peso.
No mês de fevereiro, a imprensa nacional teve acesso a mensagens de WhatsApp que mostram o comércio informal de Mounjaro, conhecido como “Ozempic dos ricos”, em um grupo de assessoria legislativa do Senado Federal.
Seja por vaidade, pressão estética ou busca por saúde, o fato é: a “canetinha milagrosa” já circula pelos corredores do poder. E pelo visto, com muito mais agilidade do que a própria regulamentação.