Quem imaginava que a reeleição do senador Veneziano Vital do Rêgo em 2026 seria tranquila, pode começar a tirar o cavalinho da chuva. A calmaria que reinava nos planos do senador começou a ser abalada com a movimentação da base governista, que enfim resolveu o impasse sobre quem ocupará a segunda vaga ao Senado ao lado do governador João Azevêdo.
O nome escolhido? Nabor Wanderley (Republicanos), prefeito de Patos e pai do presidente da Câmara Federal, Hugo Motta. Uma escolha que sacode o tabuleiro político e promete fazer barulho nos bastidores — e nas urnas.
Segundo revelou o Política da Paraíba na última segunda-feira (16), Nabor já confidenciou a aliados que aceitou o convite para entrar na disputa. E ele não está apenas falando: já colocou o bloco na rua e saiu rodando o estado em pleno São João.
Só nas últimas semanas, o gestor marcou presença nos festejos juninos de Passagem, São José de Espinharas, Solânea, Santa Luzia, Monteiro e, claro, na sua Patos natal. Nas últimas visitas, esteve acompanhado da filha, a médica e pré-candidata a deputada estadual Olívia Motta.
Em entrevista recente, Nabor sinalizou que a população de Patos entenderia uma eventual renúncia ao cargo de prefeito, caso ele dispute mesmo o Senado. Mais que isso, ele defendeu a importância de fortalecer a representatividade do Sertão no Congresso Nacional — uma fala que, nas entrelinhas, é um claro recado a quem já está lá e pouco tem feito pela região.
Cada vez mais candidato, Nabor entra na disputa com estrutura, articulação, nome consolidado no Sertão e apoio do partido mais bem organizado do estado. Ou seja: vem aí um candidato para incomodar — e muito — Veneziano, que talvez tenha acreditado cedo demais que 2026 seria apenas uma repetição do último pleito.
