A pacata Santa Helena vem sendo sacudida por uma série de movimentações políticas que, ao que tudo indica, têm ocorrido à margem do prefeito João Cléber. Entre pré-candidaturas antecipadas para 2028 e articulações para 2026, o silêncio do gestor incomoda mais do que qualquer grito de pretensão.
Os bastidores fervem. O lançamento informal de nomes e os primeiros gestos públicos chamam atenção, especialmente a presença do vereador Breno Rolim — até então integrante da base do prefeito na Câmara — em um encontro de lideranças ao lado de Veneziano Vital do Rêgo, Luiz Claudino e Larússia. O detalhe que pesa: Breno contou com apoio explícito da atual gestão, inclusive o aval direto da secretária de Saúde do município.
A imagem ao lado de figuras com interesses divergentes dos compromissos já assumidos por João Cléber, especialmente com o deputado estadual Wilson Filho, levanta inevitáveis questionamentos. Seria uma ruptura silenciosa dentro da base aliada? Vale lembrar: Breno é primo do prefeito de Triunfo, Espedito Filho, aliado direto de Luiz Claudino e peça-chave na articulação da eventual candidatura de Larússia.
Com tantas vozes e mãos de fora interferindo, resta a dúvida: onde está João Cléber nesse tabuleiro? Teria o prefeito perdido o comando do próprio grupo? Os paralelos com o cenário enfrentado por Paulo Brás, ex-prefeito de Poço de José de Moura — que assistiu a sua liderança ser corroída de dentro para fora — começam a surgir com força.
A pergunta inevitável: quem vai conduzir o processo político de 2026 e 2028 em Santa Helena? E mais: essa condução virá mesmo de Santa Helena?