A deputada estadual Cida Ramos confirmou, neste domingo (6), sua força dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) ao ser eleita a nova presidente do Diretório Estadual da legenda na Paraíba. A vitória representa um marco histórico: Cida será a primeira mulher a comandar o PT paraibano.
Mas, se a conquista no estado consolida sua liderança entre os petistas, o resultado da eleição em João Pessoa acendeu um sinal de alerta em seu grupo político. Isso porque o comando do diretório municipal da capital ficou com o sindicalista Josenilton Feitosa, aliado do ex-prefeito Luciano Cartaxo, que derrotou o candidato apoiado por Cida, Nino Vilar, por 1.012 votos a 517.
A disputa escancarou o racha interno entre duas alas que disputam influência dentro do PT pessoense: de um lado, o grupo de Cida Ramos e Frei Anastácio; do outro, o bloco liderado por Cartaxo, Luiz Couto e Giucélia Figueiredo.
Em Campina Grande, a indefinição continua. O diretório local do PT terá segundo turno entre Pedro Netho e Mauro Plácido. Plácido é o nome apoiado por Cida e pelo atual presidente municipal, Sérgio Bandeira, enquanto Netho conta com o respaldo do sindicalista Arimatéia França. O desfecho da eleição campinense pode determinar se a liderança estadual de Cida terá base sólida nas duas principais cidades do estado.
A vitória de Cida Ramos no comando estadual do PT consolida sua trajetória ascendente no partido desde sua filiação em 2021, após deixar o PSB. A aliança com o ex-presidente estadual Jackson Macêdo foi decisiva para garantir musculatura na disputa. No entanto, o resultado em João Pessoa evidencia que seu domínio ainda encontra resistência entre segmentos importantes da militância petista.
Se quiser manter o protagonismo nas decisões do partido até as eleições de 2026, Cida terá o desafio de dialogar com alas divergentes e reconstruir pontes, especialmente na capital. Já em Campina Grande, o segundo turno será um termômetro decisivo para medir o alcance de sua influência fora da Assembleia Legislativa.
O PED 2025 mostrou que o PT paraibano está vivo, pulsante e dividido…
