Eleita no último domingo (6), como nova presidente estadual do PT, a deputada estadual Cida Ramos deixou claro que não pretende permitir a entrada de figuras tradicionais da política paraibana no partido. Nesta terça-feira (8), ela foi direta ao comentar as especulações sobre possíveis filiações ao PT do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e do presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos).
“Me perguntam: cabe Adriano, cabe Cícero no PT? Eu acho que não cabe, em função dos valores que eles defendem, das ideias, da trajetória política, que é muito diferente. Não quer dizer que não possa ter algumas alianças, agora eles entrarem no PT, não cabe”, cravou Cida.
E não parou por aí. A deputada também demonstrou resistência a possíveis composições com o deputado federal Hugo Motta e o prefeito de Patos, Nabor Wanderley, ambos do Republicanos. Segundo ela, há uma insatisfação popular crescente com a forma de fazer política de certos grupos, que agem com “surpresas” e “deslealdade”.
“O que assistimos recentemente foi uma resposta muito forte do povo brasileiro. O povo não aceita esse tipo de política que apresenta surpresas e até sinais de deslealdade”, disparou.
Apesar das críticas, Cida pregou a unidade interna no PT para enfrentar os desafios do próximo ciclo eleitoral. Disse que buscará diálogo com lideranças como o ex-governador Ricardo Coutinho e o deputado estadual Luciano Cartaxo, ambos com trajetória marcada por disputas internas no partido nos últimos anos.
“Precisamos ter unidade, precisamos nos fechar para fazer a defesa do partido, do que representamos em termos de valores e do que podemos avançar. Então, essa unidade eu vou procurar o tempo inteiro. É difícil? É. Mas é possível”, concluiu.