A cena política de Cabedelo entrou em ebulição após a recente decisão da Justiça Eleitoral que cassou os mandatos do prefeito André Coutinho, da vice Camila Holanda e do vereador Márcio Silva, todos eleitos em 2024. A mesma decisão também declarou inelegível o ex-prefeito e atual secretário de Turismo de João Pessoa, Vitor Hugo Castelliano.
Apesar de a decisão ainda comportar recurso, o sinal de alerta já foi acionado — especialmente entre deputados e pré-candidatos da Grande João Pessoa, que passaram a ver em Cabedelo uma oportunidade para ampliar sua base política visando as eleições de 2026.
Vitor Hugo, que se apresentava como pré-candidato a deputado estadual, vem costurando apoios em diversas regiões do estado. Mas com sua possível saída da disputa, o jogo virou. Parlamentares começaram, discretamente, a sondar vereadores e suplentes da base do ex-prefeito, de olho no vácuo político que pode se abrir no município.
Nos bastidores, o movimento é claro: quem antes evitava mexer em Cabedelo, agora vê no momento uma chance de ouro para ocupar espaço. E os sinais dessa movimentação já começaram a aparecer.
No último sábado (28), Vitor Hugo tentou demonstrar força e promoveu um almoço com aliados. Mas o evento acabou se transformando em um termômetro do enfraquecimento político: apenas três vereadores apareceram — Fabrício Magno, Ubiraci e Priscila. O esvaziamento não passou despercebido e ecoou com força nos corredores da política local.
Enquanto isso, o prefeito André Coutinho, agiu com rapidez. Na sexta-feira (27), ele reuniu os 15 vereadores da base governista, em um gesto claro de contenção de danos e reafirmação de liderança.
O clima é de incerteza, mas uma coisa é certa: com a possível inelegibilidade de Vitor Hugo, Cabedelo entrou de vez no radar de quem pensa em 2026.