A Prefeitura de Cabedelo enfrenta um dos momentos mais delicados dos últimos anos. Nesta terça-feira (15), o prefeito André Coutinho anunciou novas exonerações em massa, como parte de um plano emergencial para tentar conter um rombo de até R$ 120 milhões nas contas públicas.
A medida, embora esperada nos bastidores, caiu como uma bomba para servidores e prestadores de serviço. Segundo a gestão, os cortes são uma tentativa de enxugar a máquina pública e garantir a continuidade dos serviços essenciais.
“Antes de qualquer medida mais rigorosa, a gestão priorizou o corte de despesas não essenciais e a revisão de contratos administrativos, numa tentativa de preservar o quadro de pessoal. Mesmo assim, o esforço não foi suficiente”, explicou o prefeito.
Além das demissões, o pacote de austeridade inclui: Corte de 20% nas despesas da prefeitura; Revisão de contratos administrativos; e Suspensão de gastos considerados supérfluos.
A prefeitura também responsabiliza a redução da cota-parte do ICMS como um dos principais fatores para o desajuste nas contas. Esse repasse menor do imposto estadual teria impactado diretamente o orçamento do município, agravando ainda mais o cenário.
Apesar do clima tenso nos bastidores, o prefeito tentou tranquilizar a população. “Os cortes foram conduzidos de forma criteriosa e responsável, sem prejuízo para o funcionamento dos serviços essenciais, que seguem preservados”, garantiu André.
Nos corredores da administração, o clima é de incerteza. Muitos temem novas demissões e cortes em áreas sensíveis. Fontes ligadas a gestão afirmam que os sinais de desgaste financeiro já vinham se acumulando desde o início do ano, mas só agora a gravidade foi escancarada.