O vereador Flávio Panta, atualmente em seu primeiro mandato na Câmara Municipal de Santa Rita, está vivendo um momento curioso — e nada confortável — nos bastidores da política local. Com um histórico recente de alianças quebradas, mudanças de posição e promessas descumpridas, ele conseguiu algo raro: ficar ‘queimado’ tanto na base governista quanto na oposição.
Antes de se eleger vereador, Flávio passou oito anos como secretário na gestão do então prefeito Emerson Panta, seu primo, com quem mantinha laços políticos e pessoais próximos. Sua eleição, inclusive, foi amplamente atribuída ao uso da estrutura da máquina municipal, que o impulsionou nas urnas.
No entanto, poucos dias após assumir a cadeira no Legislativo, Flávio começou a tomar caminhos independentes — e controversos. Primeiro, rompeu com o grupo de Emerson e do atual prefeito, Jackson Alvino, e decidiu apoiar o candidato da oposição para a presidência da Câmara. À época, firmou compromisso com os vereadores Epitácio (para o primeiro biênio) e Cleidinha de Digão (para o segundo).
Mas, às vésperas da eleição da Mesa Diretora, Flávio mudou de lado novamente. Rompeu com a oposição, fechou acordo com a base governista e votou contra os próprios aliados, surpreendendo a todos com sua reviravolta.
A movimentação deixou marcas profundas. Nos bastidores, o vereador passou a ser tratado como “persona non grata” dentro da própria Câmara. Sem apoio sólido em nenhum grupo, Flávio tem sido alvo de críticas constantes por falta de confiabilidade e coerência política.
Mesmo agora, estando formalmente alinhado ao atual prefeito, ele enfrenta desconfiança dentro da gestão. Fontes próximas ao governo relatam que auxiliares de Jackson enxergam Flávio como “instável” e “politicamente imprevisível”, o que dificulta sua atuação como aliado confiável.
Com pontes queimadas no grupo que comanda a Câmara, olhares desconfiados dentro da Prefeitura e completamente rompido com o ex-prefeito, o caminho de Flávio Panta rumo à reeleição em 2028 promete ser repleto de obstáculos.
