Em evento realizado na manhã desta quinta-feira (24), em Campina Grande, uma fala em especial roubou a cena. Durante a assinatura de convênios entre o Governo do Estado e os hospitais HELP e Antônio Targino, o empresário Dalton Gadelha, fundador da Unifacisa e administrador do HELP, não economizou nos elogios ao governador João Azevêdo (PSB):
“João Azevêdo é o maior governador da história da Paraíba.”
A declaração, feita diante de uma plateia formada por autoridades, profissionais de saúde e membros da comunidade acadêmica, teve forte repercussão. Gadelha é uma figura influente do setor produtivo de Campina Grande e, historicamente, ligado ao grupo Cunha Lima. Sua fala sinaliza não apenas reconhecimento pela gestão estadual, mas também um possível novo alinhamento político na cidade.
O evento marcou a assinatura de convênios que vão injetar R$ 16,7 milhões na saúde pública, por meio dos programas Opera Paraíba e Paraíba Contra o Câncer. O Hospital HELP será incorporado à rede de atendimento do SUS, oferecendo cirurgias eletivas, tratamentos oncológicos e procedimentos de alta complexidade, como quimioterapia, radioterapia e neurocirurgias.
Gadelha destacou a importância dessa integração para Campina Grande:
“A integração do HELP com o Sistema Estadual de Saúde é uma grande conquista. Vai ajudar no curto prazo, mas também consolida Campina como um grande polo médico da Paraíba.”
João Azevêdo, por sua vez, reforçou que a estrutura do HELP será usada de forma estratégica para atender a população:
“É um hospital moderno, com capacidade para realizar cirurgias complexas. A gente quer aproveitar essa estrutura para garantir acesso e dignidade a quem precisa de saúde.”
A fala de Gadelha teve efeito imediato nos bastidores políticos. Muitos viram na declaração um gesto de aproximação com o governo estadual — e um possível enfraquecimento da oposição local, que ainda tenta se reorganizar para 2026.
Se a política se faz também com gestos e discursos, Dalton Gadelha mandou um recado claro: quando o gestor entrega resultado, até quem era de fora reconhece.