A cada semana que passa, a gestão do prefeito Jackson Alvino (PP) em Santa Rita parece mais perdida e sem rumo. O que se viu na Câmara Municipal nas últimas sessões foi um retrato fiel de uma administração que não consegue construir diálogo, nem muito menos aprovar projetos de interesse do Executivo.
Na semana passada, a base governista tentou emplacar duas propostas: uma que permitiria ao prefeito realizar remanejamento de verbas sem o aval da Câmara e outra que criava três novas secretarias. Resultado? O presidente do Legislativo, Epitacio Viturino, encontrou erros nos projetos e barrou as matérias antes mesmo de chegarem à pauta.
Sem habilidade política e vendo o desgaste aumentar, Jackson e seu secretário de Articulação Política, Jurandir Miranda, orientaram a base a abandonar o plenário caso a mesa diretora não pautasse o projeto do remanejamento. O recado foi seguido: a bancada governista esvaziou a sessão desta terça-feira (2), restando apenas cinco vereadores em plenário. Sem quórum, a reunião foi encerrada.
A manobra, porém, soou mais como ato de desespero do que de estratégia. Afinal, ao tentar pressionar a Câmara, o prefeito acabou expondo ainda mais a fragilidade da sua base.
O episódio reforça o que já se comenta nos bastidores: a articulação política de Jackson é um verdadeiro desastre. Sob a condução de um secretário que pouco conhece Santa Rita, a gestão vem acumulando fracassos e dando sinais claros de isolamento.
Enquanto isso, a cidade segue sem avanços concretos. Com uma relação com o Legislativo azeda, Jackson vem ficando marcado pelo péssimo desempenho e uma gestão que não consegue avançar em absolutamente nada.