O governador João Azevêdo (PSB) declarou, na manhã desta sexta-feira (5), que considera inviável receber o apoio do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), à sua pré-candidatura ao Senado caso o gestor migre para o palanque da oposição.
Segundo João, não há como conciliar discursos em palanques distintos, pedindo voto para aliados e, ao mesmo tempo, para adversários.
“Não existe essa coisa de aceitar ou não aceitar o voto. Existe a possibilidade real de ter apoio ou não ter apoio. Não existe em dois cantos. Você não vai estar num palanque fazendo um pedido pra adversário em cima do palanque, gente. Vamos raciocinar”, argumentou o governador.
Apesar de reconhecer que o voto individual de Cícero pode chegar à urna, João reforçou que o apoio político público em campanha não é compatível com uma postura de aliança com a oposição. A fala acontece em um momento que Cícero tem sinalizado uma aliança com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que também é pré-candidato ao Senado, e faz oposição ferrenha ao governo.
Além disso, o governador afirmou que vai cobrar lealdade de todos os aliados do PSB e das lideranças que integram seu projeto político. A cobrança inclui o vice-prefeito de João Pessoa, Léo Bezerra (PSB), que deve assumir o comando da prefeitura em abril, quando Cícero deixar o cargo para disputar o governo.
“Vamos sim, vamos cobrar de cada membro do PSB, de vereadores, de todas as lideranças do PSB, o apoio integral ao projeto que nós estamos discutindo e apresentando”, frisou.