A defesa de Maria Lauremília Assis de Lucena, primeira-dama de João Pessoa, divulgou nota nesta terça-feira (16) após o Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentar à Justiça Eleitoral a primeira denúncia no âmbito da Operação Território Livre.
Na nota, a defesa afirma que Lauremília está confiante na Justiça e irá provar sua inocência durante o processo. O texto ressalta que ela “sempre pautou sua vida pela integridade, correção e compromisso com os mais necessitados”, destacando sua atuação social e religiosa.
“A Sra. Lauremília reafirma estar confiante no trabalho da Justiça e que provará sua total inocência no decorrer do processo. […] Quem a conhece sabe do seu trabalho social e que ela não tem qualquer envolvimento com as acusações”, diz o comunicado.
A defesa acrescentou que vê com tranquilidade o oferecimento da denúncia e que, a partir de agora, terá condições de apresentar os esclarecimentos que levarão à absolvição plena da primeira-dama.
Operação Território Livre
A denúncia foi apresentada pelo MPE, em conjunto com o Gaeco/MPPB e a Polícia Federal, após investigações da Operação Território Livre. A denúncia foi recebida na tarde desta segunda-feira (15) pelo juiz Gustavo Procópio Bandeira de Melo – da 1ª Zona Eleitoral de João Pessoa. A ação apura um esquema de cooptação ilícita do processo eleitoral em João Pessoa, com atuação de uma organização criminosa formada por agentes políticos, servidores públicos e membros da facção Nova Okaida.
De acordo com o inquérito, o grupo atuava em bairros como São José e Alto do Mateus, utilizando intimidação e violência para restringir a livre manifestação política e o direito de voto. Em troca, líderes e familiares da facção seriam beneficiados com cargos e vantagens na administração municipal.
Além de Maria Lauremília, também foram denunciados Tereza Cristina Barbosa Albuquerque, Raíssa Gomes Lacerda Rodrigues de Aquino, Kaline Neres do Nascimento Rodrigues, Keny Rogeus Gomes da Silva (vulgo “Poeta” ou “Negrão”), Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, Taciana Batista do Nascimento, David Sena de Oliveira (vulgo “Cabeça”), Josevaldo Gomes da Silva e Jonatan Dario da Silva.
As provas reunidas incluem interceptações telefônicas, mensagens eletrônicas, documentos oficiais e apreensão de valores em espécie, que apontam para a infiltração da criminalidade organizada no processo eleitoral da capital.


