O vereador Adriano Martins, presidente da Câmara Municipal de Bayeux, afirmou, em pronunciamento público nesta terça-feira (7), que vem sofrendo perseguição política e ameaças de morte atribuídas ao Major Clecitoni Francisco de Albuquerque — ex-vice-prefeito da gestão Luciene Gomes, conhecida como Luciene de Fofinho.
Segundo Martins, o conflito teve início em 2020, quando, afirma ter sido removido da composição da chapa de reeleição de Luciene Gomes e “traído” durante a convenção.
“Eu fui traído em um dia da convenção”, declarou o vereador, que havia sido vice-prefeito no primeiro mandato de Luciene e seria o natural candidato na reeleição, mas foi preterido em favor do Major.
Desde então, a relação nunca foi boa. Mas segundo Adriano, depois de sua volta à Câmara de Bayeux e sua eleição à presidência da Casa, os embates e denúncias contra ele teriam se repetido. “O objetivo agora é me tirar da presidência da Câmara — e isso está sendo buscado à base de denúncias e de medo”, afirma Martins, classificando as acusações que recebe como “completamente infundadas e eivadas de inverdades”.
Adriano relatou a existência de um que chamou de “quarteto do mal” — formado, segundo ele, por “um vereador, um blogueiro, o ex-vice-prefeito e o marido da ex-prefeita” — cuja finalidade seria atacá-lo, desmoralizá-lo e, agora, amedrontá-lo.
Em seu discurso na tribuna, Martins foi duro ao se referir ao Major Clecitoni: “Ele foi vice-prefeito da maior história de corrupção da cidade; não fez uma denúncia e agora denuncia de modo infundado”, acusou o presidente da Câmara.
Durante a penúltima sessão da Câmara, Martins fez acusações de prática irregular envolvendo o ex-vice-prefeito: afirmou que Clecitoni teria utilizado veículos públicos como se fossem particulares durante quatro anos e que a esposa dele teria ocupado cargo de secretária ligado a automóveis de luxo — acusações graves que, na fala do parlamentar, corroem a moral do acusado.
Pessoas ouvidas pelo gabinete de Martins teriam relatado que o marido da ex-prefeita chegou a dizer o Major Cleicitoni desejaria ver Adriano morto — informação que, segundo o próprio parlamentar, lhe foi transmitida por um colega. “Um vereador me alertou. Eu temo pela minha vida e pela da minha família”, disse Adriano, ressaltando que Clecitoni, por ser militar reformado, possui porte de arma. “Sou pai de família; não ando armado; tenho medo”, declarou na tribuna.
Recentemente, Adriano abordou questões de disputa pelo controle da Câmara: citou recursos estimados em R$ 500 mil — verba que, segundo ele, deve ingressar via Fundeb no próximo ano — e anunciou planos para novo concurso público. “Isso tem chamado a atenção do ‘grupo dos fofinhos’ porque eles pensam que terão o comando da Câmara no próximo biênio, mas terão uma surpresa”, advertiu Martins.
Martins informou ainda que pretende formalizar representação junto à Corregedoria da Polícia Militar, em razão da condição militar reformada do Major Clecitoni e das ameaças recebidas.