A decisão do Progressistas (PP) de afastar o ministro do Esporte, André Fufuca (MA), da vice-presidência nacional e das decisões internas do partido pode ter reflexos diretos na política paraibana, beneficiando o senador Efraim Filho (União) na disputa pelo comando da Federação União Progressista.
O comunicado, assinado pelo presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), também determina intervenção no diretório do Maranhão, retirando Fufuca do comando da sigla no estado. A medida foi tomada após o ministro se recusar a deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), contrariando a orientação partidária.
A legenda havia dado um prazo de 30 dias — prorrogado até o último domingo (5) — para que os ministros André Fufuca e Celso Sabino (Turismo) deixassem o governo federal. Mesmo assim, Fufuca manteve o apoio a Lula, participando de agenda ao lado do presidente no Maranhão na última segunda-feira (6).
A decisão do PP reflete a estratégia nacional de afastamento do partido da base lulista, consolidando sua aproximação com o campo da oposição.
Na Paraíba, o senador Efraim Filho seguiu essa linha, entregando os cargos que o União Brasil detinha em órgãos federais, como a Superintendência da Codevasf e a Direção dos Correios no estado. O gesto reforçou sua posição de independência em relação ao governo Lula e alinhamento com o bolsonarismo, que deve compor parte de sua base eleitoral em 2026.
Enquanto isso, a família Ribeiro, que tem o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) como pré-candidato ao governo, mantém vínculos com a base governista através do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) e a senadora Daniella Ribeiro (PP), e busca o apoio do PT de Lula na disputa majoritária do próximo ano.
Nos bastidores, a recente decisão nacional do PP é vista como favorável a Efraim. No entanto, o fato de Lucas assumir o governo da Paraíba em abril do próximo ano, pode pesar na decisão final.
