O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) decidiu, por 3 votos a 2, manter em andamento o processo que envolve o prefeito de Riacho dos Cavalos, Arthur Vieira Carneiro, e o vice-prefeito, Joaquim Carneiro Barbosa. A Corte validou tanto a apreensão do dinheiro quanto dos celulares realizada durante as investigações.
A situação dos gestores é considerada delicada. Eles já foram cassados duas vezes pela juíza Fernanda de Araújo Paz, da 38ª Zona Eleitoral, em decisões tomadas em setembro de 2025. As sentenças apontam abuso de poder político e econômico, além de compra de votos.
As acusações incluem a entrega de máquinas agrícolas antes da formalização de convênios, perfuração de poços artesianos em troca de apoio eleitoral, transferência irregular de eleitores e o uso de recursos estaduais para bancar a ExpoRiacho, evento visto como promocional da gestão.
No primeiro processo, Arthur Vieira também foi acusado de compra de votos em um episódio ligado à Operação Mamon, da Polícia Federal, quando R$ 100 mil foram apreendidos em uma aeronave supostamente usada para distribuir dinheiro.
Mesmo com as cassações, uma correção de erro material na sentença permitiu que o prefeito permanecesse no cargo enquanto recorre ao TRE-PB. A defesa já afirmou que vai tentar reverter todas as decisões na instância superior.

