O ex-candidato ao governo da Paraíba, Pedro Cunha Lima (PSDB), obteve uma expressiva votação no segundo turno das eleições de 2022, em João Pessoa, isso é fato. Contudo, o cenário do ano passado é completamente diferente do que estar por vir no próximo pleito na Capital.
No embate direto com o governador João Azevêdo (PSB), Pedro teve ao seu lado dezenas de fatores que pesavam contra o gestor, entre eles, uma pandemia que obrigou o governador a fechar o comércio em algumas situações e adotar medidas restritivas que causaram insatisfação em uma parcela significativa da população.
Em 2024, o cenário será outro. Sem a pandemia, o tucano enfrentaria adversários de igual para igual. Pedro também teria que lhe dar com a rejeição de não ter se posicionado na disputa presidencial, quando ficou “em cima do muro” na disputa entre Lula e Bolsonaro.
No próximo ano, a população pessoense também terá um leque maior de candidatos que, até o momento, estão colocando seus nomes à disposição. Alguns deles se apresentam no mesmo campo ideológico de Pedro, o que seria mais um obstáculo no caminho do tucano.
Sem falar que, muitos dos nomes que apoiaram o tucano em 2022, já se laçaram como pré-candidatos ou devem apoiar candidaturas do campo da extrema direita, como é o caso dos deputados Walber Virgolino (PL), Cabo Gilberto (PL), Sérgio Queiroz, entre outros militantes e lideranças de Direita da Capital, que votaram em Pedro apenas pelo quesito de exclusão.
Diante desse novo cenário, dificilmente o tucano se arriscará a ver sua votação na cidade despencar em menos de dois anos.