O presidente da Comissão de Licitação do município de São Mamede e alvo da Polícia Federal no âmbito da Operação Festa no Terreiro 2, João Lopes, se apresentou, na manhã desta quinta-feira (17), à Polícia Federal (PF) de Patos e foi preso. Ao lado do prefeito Umberto Jefferson, Lopes é suspeito de integrar uma quadrilha que teria desviado recursos da cidade sertaneja.
Ontem, foi exonerado do cargo de procurador da Câmara Municipal de São Mamede. Ele é um dos suspeitos de desviar verbas através de processos licitatórios e contratos do município, para financiar, por exemplo, a construção de uma casa de luxo para o gestor, na cidade de Patos, no Sertão paraibano. João Lopes de Sousa Neto também ocupava o cargo de procurador da Câmara de São Mamede.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB), através do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), e a Polícia Federal (PF) acusam o procurador-geral de fraudar processos licitatórios, sendo peça fundamental na organização criminosa encabeçada pelo prefeito Umberto e Josivan Gomes Marques, um dos braços direitos do gestor.
Em uma de suas atuações, João Lopes assinou uma licitação de R$ 10.104.129,88, sendo que o valor original era de R$ 8.357.151,13. O aumento de R$ 1.746.978,75 pode ter sido parte dos R$ 2.659.389,78 que Josivan Gomes recebeu através da empresa NV Consórcio de Engenharia LTDA, de acordo com os autos do processo.
Política da Paraíba com MaisPB.