Uma nova tentativa de influenciar a opinião pública foi barrada em Lagoa Seca. Uma pesquisa eleitoral que seria divulgada na próxima semana, promovida pelo mesmo instituto que já havia divulgado dados favoráveis à uma determinada candidata, foi suspensa pela Justiça Eleitoral sob suspeita de fraude.
A empresa responsável, o Instituto OPINIÃO, é a mesma que prestou serviços à Prefeitura de Lagoa Seca, levantando suspeitas sobre a isenção dos números divulgados. De acordo com informações do SAGRES CIDADÃO, a MAISPB, contratada pela gestão municipal, recebeu R$ 6.000 entre fevereiro e junho de 2024, poucos meses antes do início da campanha eleitoral.
Essa não é a primeira vez que o instituto é questionado. Já nesta campanha, a empresa divulgou uma pesquisa com resultados favoráveis para um grupo político. A proximidade entre o instituto e a gestão levanta dúvidas sobre a credibilidade das pesquisas realizadas.
O Instituto OPINIÃO, responsável pela elaboração da pesquisa impugnada, já prestou serviços à gestão municipal em diversas ocasiões, como em 2017, 2019, 2021, 2022 e 2023, sempre sob a administração de um grupo político. As empresas envolvidas na realização da pesquisa são frequentemente apontadas como apoiadoras do grupo, divulgando seus feitos políticos sem qualquer crítica à sua gestão.
Diante dos fatos, a Justiça concedeu liminar suspendendo imediatamente a divulgação da pesquisa, registrada sob o número 02844/2024 no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE/PB). O mérito da ação ainda será julgado, mas a expectativa é que a decisão inicial seja mantida, impedindo que o levantamento seja utilizado para influenciar o eleitorado.
Assessoria