O município de Itapororoca vem sendo palco de uma crise política entre a ex-prefeita Elissandra Brito e o grupo do atual prefeito, Batista Torres. A disputa veio à tona nas redes sociais nesta quarta-feira (26), quando Elissandra denunciou o que considera uma tentativa de descredibilizar sua gestão, finalizada em 31 de dezembro de 2024.
Em uma publicação, a ex-prefeita afirmou que a Câmara Municipal teria sido palco de uma “orquestração” contra sua administração. Segundo ela, membros da comissão de transição teriam manipulado informações financeiras para criar uma falsa narrativa de dívidas e dificuldades.
Elissandra apresentou números para contestar as acusações. De acordo com ela, no último dia de seu mandato, havia um saldo de R$ 12.667.177,50 nas contas da Prefeitura, além de R$ 3.250.000,00 em convênios, como o destinado à construção de casas. A ex-gestora também informou que os restos a pagar somavam apenas R$ 3.097.678,01, dados que, segundo ela, são comprovados por extratos bancários e balancetes assinados pela empresa de contabilidade ASTEC.
A ex-prefeita ainda criticou ex-aliados, a quem acusou de colocar o poder acima da ética e da verdade. “Venho manifestar meu repúdio a atos dessa natureza e à falta de compromisso com a verdade”, escreveu.
O embate sobre as contas públicas promete se prolongar e deve influenciar o cenário político de Itapororoca nas próximas eleições.
Segundo apurou o Política da Paraíba, Elissandra deve votar em Ruy Carneiro (Podemos) para deputado federal e Tanilson Soares (PSB) para estadual. Enquanto o grupo de Batista votará em George Morais (UB) para federal e ainda está definindo o nome que será apoiado na disputa a ALPB.