O Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande, registrou a segunda morte de um recém-nascido em menos de um mês. Ravi Emane não resistiu após o nascimento no último fim de semana. A família denuncia negligência médica e registrou um boletim de ocorrência.
A mãe, Francikelly, afirmou que seu filho foi transferido para outra unidade sob a justificativa de ter ingerido líquido amniótico, mas a família não recebeu informações imediatas sobre o estado de saúde do bebê. A Secretaria Municipal de Saúde informou que a situação está sendo apurada e mencionou que a mãe apresentava um histórico de tabagismo, o que poderia ter agravado o caso.
Diante da crise no atendimento materno-infantil, o secretário estadual de Saúde, Dr. Ari Reis, admitiu a possibilidade de uma intervenção federal na saúde de Campina Grande. Ele ressaltou que a situação vem sendo monitorada desde o final de 2024, mas que ainda não há base legal para uma intervenção formal.
“Estamos acompanhando de perto desde o final de 2024 o cenário materno-infantil em Campina Grande. A cidade enfrenta uma crise na gestão da saúde pública, mas ainda não é possível declarar essa situação como uma crise sanitária ou um estado de calamidade pública, que nos daria a base legal para uma intervenção formal”, disse Reis durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM.
Enquanto isso, o governo estadual está adotando medidas emergenciais, como a transferência de gestantes para outras maternidades e o envio de equipes para investigar as circunstâncias dos óbitos. O caso segue em apuração.