A crise institucional em Caaporã ganha mais um capítulo. Foram divulgados gravações de voz onde o ex-secretário de Articulação Política, Sandro Freitas, cobra do prefeito Chico Nazário um possível acerto feito em relação ao fornecimento de merenda escolar no município.
No início de uma das gravações é possível ouvir Sandro Freitas cobrando o pagamento do “acerto”.
“O senhor sabe que o tempo vai passando e a dificuldade vai ficando grande né? Quanto mais passa, é pior”.
Em outro trecho, o prefeito Chico Nazário afirma que existe uma dívida, mas que está com dificuldade e diz que irá conversar pessoalmente com Sandro Freitas.
“Agora a gente tem essa dívida com vocês, né, e o f** da p* que tá fornecendo, ele que forneceu, e tem que pagar a ele, que m* da p** Eu converso contigo pessoalmente.
Numa outra gravação, Sergio Freitas questiona como irá “resolver” Iran, que seria o responsável pela merenda.
“Como é que a gente vai resolver com seu Iran? Tu tem que me ajudar, p**. Vê se tu consegue. Eu dou metade, tu dá metade”.
Ligações perigosas
Sandro Freitas se tornou personagem central da crise que atinge a gestão de Caaporã, desde que gravou e divulgou vídeos e áudios em que o prefeito Chico Nazário aparece recebendo uma bolsa com dinheiro vivo, estimado em quase R$ 400 mil, antes da campanha eleitoral. Após a divulgação dos vídeos, Freitas foi exonerado.
O Ministério Público da Paraíba, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado – Gaeco, instaurou procedimento de investigação para apurar o conjunto de áudios e vídeos apresentados por Sandro Freitas.
População prejudicada
Os constantes escândalos envolvendo desvios e negociatas na Prefeitura de Caaporã têm provocado indignação e revolta entre os moradores, que sentem, na prática, os efeitos do mau uso do dinheiro público. Um dos casos mais urgentes diz respeito ao não fornecimento do fardamento para alunos da rede municipal. Nas redes sociais, a insatisfação é evidente: vídeos, comentários e fotos circulam diariamente, denunciando o abandono e a precariedade no atendimento público e o descaso com a população.
 
			 
		    
 
		
