A vereadora Raíssa Lacerda (PSB), de João Pessoa, foi presa nesta quinta-feira (19), dois dias antes da proibição de prisão estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitor (TSE) durante o período eleitoral. Os candidatos (as) não podem ser presos, salvo no caso de flagrante delito, 15 dias antes do 1º turno. O cumprimento do prazo começa a valer a partir do sábado (21).
Raíssa Lacerda foi presa durante a segunda etapa de a operação Território Livre, da Polícia Federal (PF), que tinha o objetivo de combater o crime de aliciamento violento de eleitores.
Ela é candidata à reeleição e é suspeita de liderar um esquema que se utilizava de meios ilegais para tentar obrigar que pessoas de determinados bairros votassem nela.
Além da prisão de Raíssa, uma assessora da candidata também foi presa no bairro de Alto do Mateus. Outras duas pessoas também foram presas. Estão sendo cumpridos também uma série de mandados de busca e apreensão em ao menos dois bairros da cidade. O outro seria o bairro São José.
Policiais federais compareceram mais cedo ao centro comunitário Ateliê da Vida, localizado no São José. Documentos foram levados do local para auxiliar nas investigações e para servir como provas eventuais.
O que diz a defesa da vereadora
A assessoria jurídica da vereadora Raíssa Lacerda disse estar “perplexa” com a prisão e reafirmou a inocência da parlamentar.
Em nota, publicada nas redes sociais, a equipe jurídica da parlamentar afirmou que estão consternados e abismados.
“Estamos todos consternados e abismados com essa situação. Como dito anteriormente, Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas que foram citadas no processo da operação ‘Território Livre’, e a verdade virá à tona e será esclarecida. Todos saberão da índole de Raíssa Lacerda e de sua honestidade. Raíssa é inocente e tem como provar. Ela está sendo vítima de uma ardilosa perseguição eleitoral”, disse trecho da nota.