A eleição para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba (OAB-PB), está marcada por intensa disputa e polarização. Recentemente, um evento promovido pela Juventude de Harrison Targino, um dos candidatos, gerou grande polêmica. Fontes relatam que o encontro ofereceu benefícios gratuitos, incluindo bebidas, aos participantes, o que, segundo críticos, pode ser interpretado como uma prática similar à compra de votos. A denúncia colocou em pauta a imparcialidade do pleito e provocou debates sobre a ética na campanha.
Organizado com o objetivo de atrair jovens advogados, o evento da Juventude de Harrison ofereceu atrativos como bebidas gratuitas. Para muitos, essa iniciativa ultrapassa o limite de um encontro eleitoral saudável, criando um ambiente onde vantagens materiais podem influenciar indevidamente o apoio dos profissionais em início de carreira. “O evento parecia menos um encontro para discutir propostas e mais uma tentativa de agradar eleitores com vantagens, o que é preocupante para um processo eleitoral que deveria ser igualitário e focado em ideias”, afirmou um advogado que preferiu manter o anonimato.
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Advogados que acompanham de perto o processo eleitoral temem que esse tipo de prática enfraqueça a confiança dos membros na instituição. A OAB, como entidade que zela pela ética e justiça, é vista como referência de lisura no país, e episódios como esses podem comprometer a credibilidade do pleito. “A Ordem precisa mostrar que todos os candidatos estão em condições iguais, sem qualquer tipo de influência externa que favoreça um ou outro lado. Esse evento enfraquece o processo e coloca uma sombra sobre as intenções da candidatura”, ressaltou um representante de outra chapa concorrente.
A denúncia traz à tona uma discussão mais ampla sobre o compromisso ético na campanha e na profissão. Para jovens advogados que buscam na OAB uma instituição que defenda a equidade e transparência, o uso de benefícios como estratégia de campanha sinaliza uma contradição preocupante. “Estamos falando de uma entidade que preza pela ética no exercício da advocacia, e é inaceitável que práticas questionáveis estejam sendo normalizadas em uma eleição interna”, comentou uma advogada.
A corrida pela presidência da OAB-PB, que deveria destacar as propostas e os planos para o futuro da advocacia no estado, está agora cercada por questionamentos sobre a imparcialidade e a transparência do processo. Com a pressão crescente, os advogados paraibanos aguardam um posicionamento claro da Comissão Eleitoral da OAB-PB, que pode ser essencial para resguardar a credibilidade do pleito. A expectativa é que a campanha siga seu curso com o máximo de seriedade e respeito aos princípios da Ordem, garantindo que os votos sejam baseados em propostas reais e compromissos éticos, não em eventuais benefícios materiais.