A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (11) a “Operação Livro Aberto”, que visa reprimir a prática dos crimes de fraude à licitação, desvio de recursos públicos, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro, relacionados a contratos formalizados pela Secretaria de Estado da Educação no ano de 2018, último ano do mandato do ex-governador Ricardo Coutinho (PT).
Entre os alvos da operação estão o secretário da Juventude Esportes e Lazer do governo da Paraíba, Lindolfo Pires, e o deputado estadual Branco Mendes (Republicanos).
Ao todo, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça. Além dos dois agentes públicos, são investigados na mesma apuração o também deputado estadual Tião Gomes (PSB), os ex-deputados Edmilson Soares e Genival Matias (já falecido) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Arthur Cunha Lima. Mas no caso destes últimos, não houve cumprimento de mandados de busca. A decisão do STJ também prevê a apreensão de recursos e bens até o limite de R$ 4 milhões.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em João Pessoa, nos bairros de Miramar, Manaíra e Altiplano; em Campina Grande, nos bairros Monte Santo, Alto Branco, Centenário e Malvinas; em Ponta de Pedras, no estado de Pernambuco; Arapiraca, em Alagoas; e Lagoa Seca.
O cumprimento das medidas cautelares tem o objetivo de colher elementos informativos para investigação iniciada em 2019, que apura o possível pagamento de propina a agentes políticos no Estado da Paraíba.